O que eu tenho não é meu,
Não me pertenço e não sei quem sou eu,
Fui um broto que se arrastava,
Pelas empoeiradas encruzilhadas;
Caindo e me levantando,
Nas grotas do Tagaçaba...
Fui regando a minha vinha,
Sem ter ideia do que vinha,
Carregando duras cargas,
Com a ajuda do bom Deus...
Fui uma Seriema que perdeu o canto,
Mas que não perdeu-se em prantos,
Pois sabia que haveria um dia
Em que a recompensa viria...
Com seu escudo e sua lança...
O guerreiro irá se deitar...
E ouvirá do Senhor da divina aliança:
Bem-vindo ao eterno lar...
Autoria de Salim do Carmo
Nenhum comentário:
Postar um comentário